quarta-feira, 27 de janeiro de 2010


As melhores ondas

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1.
“Problematizar é perguntar acerca das razões que fazem com que aquilo que nos rodeia pareça ser de uma certa maneira, perguntar o que são realmente as coisas, por que são o que são, por que é que existem, etc.” (Alves, Arêdes, & Carvalho, 2009, p. 13)
A actividade filosófica assenta no acto de questionar o que os “comuns mortais” admitem como certo, o que aos olhos destes últimos se assemelha a algo que por vezes pode não possuir correspondência com a verdade. Verdade. A actividade filosófica é uma busca incansável e prevê-se interminável da verdade, não tomando como certa nenhuma solução, partindo de um ponto inicial, a raiz do problema, tentando responder a problemas da sua época histórica, procurando uma solução universal, tendo como único instrumento de trabalho o pensamento.
Os filósofos fazem uso de um pensamento mais correcto, abstraído de putativos influenciadores da sua acção, questionando com a sua mente numa nudez que a torne sensata para tentar encontrar as soluções para aquilo que contestam. No entanto estes possuem a consciência da dificuldade e impossibilidade de alcançar a verdade total no seu curto período de vida. À medida que progridem na sua actividade filosófica vão-se deparando com um aglomerado de dúvidas considerável que lhes dá uma visão diferente da vida e do mundo.
Abordando a ilustração deparamo-nos com algumas pessoas das quais algumas se localizam no rés-do-chão da dúvida, ou então “no rés-do-chão do pensamento”, e outras que se distribuem por diferentes níveis acima do solo, na infra-estrutura das dúvidas.
"Uma vida não examinada não merece ser vivida" Sócrates
Na minha opinião esta frase retrata a imagem, sendo os possuidores de uma vida que merece ver vivida aqueles que se encontram na tal infra-estrutura. Assim sendo, a imagem relaciona-se com a filosofia no aspecto que mostra ao que esta nos pode levar: a uma visão superior da vida e do mundo e a um permanente estado de dúvida.
Deste modo fino a minha opinião sobre esta “quaestio”.
(André Ferreira 10ºD nº3)

2.
Este desenho representa a construção de um ponto de interrogação.
A Filosofia é construída com base em constantes interrogações, mais especificamente a Filosofia procura a formulação correcta dos problemas filosóficos. São inúmeras as interrogações, desde a decisão de se tratar de um problema filosófico ou não, qual será a resposta a um problema, se a solução encontrada será a mais correcta, se as próprias objecções colocadas a uma teoria serão verdadeiras… A construção de “pontos de interrogação” originou a Filosofia.
No desenho, podemos ver que são pessoas que estão a construir o ponto de interrogação. Essas pessoas são os filósofos, aqueles que constroem a Filosofia. Nós, os seres humanos somos os únicos capazes de pensar, de questionar, ao contrário dos outros animais que não são capazes de o fazer. No desenho está também evidenciada a especificidade da acção humana.
No desenho ainda existem pessoas que estão fora da construção e parecem estar a observar a mesma. São pessoas que não concordam com a maneira como está a ser construído o ponto de interrogação e estão a discutir as razões pelas quais não concordam com isso. Essas pessoas são outros filósofos que encontraram “defeitos” na argumentação utilizada numa determinada teoria. Estão a colocar objecções nessa teoria. Alguns até propõem teorias diferentes par resolver os “defeitos” encontrados.
Podemos ainda observar que existe uma estrutura a suportar o ponto de interrogação, enquanto ele está ser construído. Como o ponto de interrogação representa as diferentes teorias filosóficas, a estrutura representa os argumentos utilizados para sustentar uma teoria. A aceitação de uma teoria como sendo verdadeira depende da qualidade da argumentação utilizada. Contudo, em Filosofia, não existe uma resposta completamente correcta, ao contrário das Ciências. Daí que a construção seja um ponto de interrogação pois, mesmo que exista uma boa estrutura de suporte, bons argumentos, não existe uma “verdade” irreversível. Existe sempre dúvida quando à veracidade da teoria.
Podemos ainda supor que a construção do ponto de interrogação nunca irá acabar porque a estrutura de suporte jamais poderá ser removida. Iremos sempre debater a veracidade das teorias filosóficas (ponto de interrogação) e iremos sempre necessitar de argumentos (estrutura de suporte) para sustentar as teorias.
Este desenho está intimamente relacionado com o que a Filosofia é.
(Ana Luísa Santos 10.ºA n.º5)

3.
A figura mostra-nos um grande ponto de interrogação com diversas pessoas à volta, cada uma com uma postura diferente face à questão. O que será que isto tem a ver com a filosofia? Então, como sabemos, na filosofia, pomos em causa tudo, até o que está dado como verdade inquestionável e cada um gira à volta dessas questões de uma maneira diferente, com uma perspectiva diferente e com uma solução diferente. Os "andaimes" (no meu ponto de vista) representam que é preciso bons argumentos e boas razões para justificar cada resposta nossa à questão em causa. Se repararmos, as pessoas estão em cima desses tais "andaimes", e se lhos tirássemos elas caíam, assim como se tirarmos os argumentos que defendem uma teoria, a um problema filosófico, a nossa teoria não é plausível e "cai". Por fim, quanto às pessoas, umas parecem-me apreensivas, outras pensativas e outras até cansadas, talvez de pensar, o que indica que na filosofia temos que ter paciência e tentar progredir sempre no nosso raciocínio para conseguirmos resolver os problemas e neste caso a Quaestio.
(DANIELA Nº8 10ºC)

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