terça-feira, 16 de março de 2010

Porque devemos agir moralmente?

Veja-se aqui Peter Singer (professor de Bioética na Universidade Princeton, um dos mais conceituados filósofos morais contemporâneos) a apresentar as razões pelas quais devemos agir moralmente.

Excelente texto!

A Ana, do 10.º E, escreveu, a propósito deste cartoon, um excelente comentário, que vale a pena aqui salientar. Afinal, o cérebro dela não é um computador; há nele espírito crítico! Eis o que escreveu:

«Estes cartoons fazem todo o sentido na sociedade consumista, conformista e faciltista em que vivemos. Tudo o que se passa hoje em dia se torna num ciclo vicioso, especificamente com o egocentrismo: As pessoas ficam cada vez mais individualistas e egoístas e cada vez existe menos entreajuda. Ora, se nós damos e o que recebemos em troca nos faz arrepender de tudo o que demos, também nós nos vamos ter de tornar, um pouco "à força", mais individualistas. Isto é fruto dos nossos tempos e nota-se até no decréscimo da natalidade. Antigamente, e agora vou parecer um pouco os meus avós a falar, brincava-se na rua, convivia-se, não havia "amigos" virtuais, tinha-se dois pares de roupa e isso não causava inveja nem mal-dizer como a variedade e a competitividade causam hoje, assim como a falta de comunicação e de brincadeiras de rua, simples como brincar com piões ou jogar à macaca. Mas mais uma vez isto não é só culpa nossa. Somos influenciados por tudo, pela publicidade, pela pressão do desenvolvimento, pela facilidade com que as coisas estão disponíveis para nós. Precisamos de alguma informação, corremos à Net para procurar. Portanto, sim, podemos considerar os computadores como os nossos "cérebros". Deixaram de o ser as enciclopédias e afins uma vez que não são tão "interactivas", nem tão atractivas e é claro que isso também tem a sua importância. Quanto à cultura, parece que estamos a regredir outra vez, uma espécie de retorno à Idade Média, a idade negra, pois o que o mundo nos oferece maioritariamente nos meios em que estamos em contacto (TV, computadores, etc.) são telenovelas sem conteúdo nenhum, programas sem qualquer interesse cultural, jogos violentos entre outras coisas menos apropriadas. Já ninguém lê e poucos são os que vão ao cinema ver um bom filme. Preguiça, desinteresse, tudo contribui. Como é ilustrado no cartoon, o dinheiro passou a ser a prioridade das pessoas e para o ganhar, já nem se pensa nos tais ideais, honestidade e moral. Há demasiado facilitismo em tudo e poucas pessoas que saibam pensar por si, reflectir sobre os tempos. E não estou a dizer que é mau progredir, que é mau sermos desenvolvidos, já dizia Camões "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades (...) todo o mundo é composto de mudança" e Deus me livre que ainda tivéssemos a mentalidade que tinham os nossos avós, só é pena que valores como o respeito, o esforço, a sinceridade e arrisco até a dizer a própria amizade, se tenham perdido.»

(Ana, 10ºE)

domingo, 14 de março de 2010

A "Ética" do quotidiano!

Veja-se, no Dúvida Metódica, um excelente cartoon de Quino, sobre a forma como muitos seres humanos se percepcionam a si mesmos no mundo, talvez imersos no pântano do imediatismo, das aparências, da vida fácil e do egocentrismo imbecilizante.


Lendo...
Ética Para Um Jovem



Cap. 4: Afinal, o que quer dizer Savater com a expressão "faz o que quiseres"?

domingo, 7 de março de 2010



Lendo...
Ética Para Um Jovem



Cap. 3: Por que razão não bastam as ordens, costumes e caprichos para, por vezes, tomar a decisão certa? O que é, então, necessário?

terça-feira, 2 de março de 2010

Não vencemos, mas (quase) convencemos!

Ontem, no auditório do IPJ, em Vila Real, o Bruno, o André, a Jéssica, o João Pedro e a Lucy defenderam, e muitíssimo bem, na sessão distrital do Parlamento dos Jovens, duas propostas:

1. Uma que pretendia resolver as crises institucionais que surgem entre Presidente da República e Primeiro Ministro, através da passagem para um regime presidencialista (Chefe de Estado e Chefe de Governo seriam a mesma pessoa), com todas as alterações necessárias para manter a tão importante divisão de poderes.

2. E outra que pretendia, simultaneamente, tornar mais equilibrada a representatividade dos vários distritos nos órgãos de poder central e melhorar a participação dos cidadãos, através da eleição de um número igual de deputados à Assembleia da República por cada círculo, independentemente do número de habitantes, e a criação de listas uninominais, paralelamente às plurinominais, com a possibilidade de candidaturas independentes.

Não era fácil convencer os outros jovens deputados, com poucos conhecimentos de política, da justeza e oportunidade destas medidas, que são complexas, como complexos são os problemas que ainda há por resolver no regime republicano e democrático com base no qual organizamos a nossa vida política. Mas os nossos jovens argumentaram muito bem, criticaram pontos fracos das outras propostas, foram dos poucos a propor e procurar consensos, em suma, estiveram à altura de verdadeiros jovens políticos em busca da melhor solução para os problemas da vida pública.

As propostas que acabaram por ser escolhidas também tinham bastante qualidade, verdade seja dita. E os deputados eleitos para as defenderem na sessão nacional, na Assembleia da República, em Lisboa, são também muito bons, com excepcionais qualidades políticas. Por isso, o distrito não será nada mal representado.

Curiosamente, foi hoje notícia nos media que na sessão distrital de Lisboa foi escolhida uma proposta semelhante à nossa segunda proposta! Isto quer dizer duas coisas: que os nossos jovens alunos estão perfeitamente à altura do desafio que nos propõe a exigente vida da República, neste momento; e que os seus colegas deputados em Vila Real, diferentemente do sucedido em Lisboa, não compreenderam a importância desta medida. Mas, a política é assim.

Portanto, seja como for, temos políticos. E bem precisamos deles!

Eis alguns momentos: