domingo, 2 de maio de 2010

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Quaestio
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“Um professor vai acompanhar uma vintena de alunos na visita a umas grutas. No caminho de regresso, o professor – um homem de cabeça bastante volumosa – fica preso numa passagem estreita, de maneira que as crianças não podem sair. Apenas se o mestre for decapitado, as crianças podem ser libertadas. Caso contrário, morrem."

Q:
Do ponto de vista da ética kantiana, seria correcto sacrificar a vida do professor para salvar as crianças? Porquê?

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Dia da Terra

No dia da Terra, que se comemora hoje, pensemos nisto:
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«Logo que o divino Ulisses regressou das terras de Tróia, mandou enforcar numa mesma corda uma dúzia de escravas pertencentes à sua casa, por suspeita de mau comportamento durante a sua ausência. A questão da pertinência deste enforcamento. Não se colocava. As jovens eram sua propriedade e a livre disposição de uma propriedade era então, como é hoje, uma questão de conveniência pessoal, não de bem ou de mal. E, no entanto, os conceitos de bem e de mal não faltavam na Grécia da “Odisseia”… Ainda hoje não há ética que se aplique à terra, assim como aos animais e às plantas que crescem sobre ela. A terra, exactamente como as jovens escravas da “Odisseia”, é sempre considerada como uma propriedade. A relação com aterra é ainda estritamente económica: compreende privilégios, mas nenhuma obrigação.»
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Aldo Leopold, A Land Ethic 1949, cit in J.-L. Ferry, A Nova Ordem Ecológica, trad. port. Luís de Barros (Lisboa: Asa, 1993) 139.

quarta-feira, 21 de abril de 2010




Filósofos na onda
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«Philosophy, you understand, is a very pharmacopoeia of cures that are worse than the corresponding diseases.»
Jerry Fodor
in: Times Literary Supplement, 2009 October 16

História, Filosofia e festa all nigth long

Realizou-se no Sábado, em Londres, uma festa muito peculiar: "an album launch", no qual se comemorou o movimento iluminista do séc. XVIII através de um barbecue, música e intervenções de filósofos, de 5 minutos, alusivas ao tema. Festa interessante, não!

sexta-feira, 16 de abril de 2010


Rir e Pensar



Não OLHES para nada no laboratório de Física,
Não PROVES nada no laboratório de Química,
Não CHEIRES nada no laboratório de Biologia,
Não TOQUES em nada no laboratório de Medicina,
E, sobretudo,
Não OIÇAS nada no departamento de Filosofia.

quarta-feira, 7 de abril de 2010



Lendo...
Ética Para Um Jovem



Cap. 5: Porque devemos tratar as pessoas como pessoas e não como coisas?
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Cap. 6: Que relação há entre liberdade e responsabilidade?
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Cap. 7: Em que consiste tratar as pessoas como pessoas?
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Cap. 8: O que devemos fazer perante o prazer?
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Cap. 9: De um ponto de vista ético, qual é, para Savater, a organização política preferível?

terça-feira, 16 de março de 2010

Porque devemos agir moralmente?

Veja-se aqui Peter Singer (professor de Bioética na Universidade Princeton, um dos mais conceituados filósofos morais contemporâneos) a apresentar as razões pelas quais devemos agir moralmente.

Excelente texto!

A Ana, do 10.º E, escreveu, a propósito deste cartoon, um excelente comentário, que vale a pena aqui salientar. Afinal, o cérebro dela não é um computador; há nele espírito crítico! Eis o que escreveu:

«Estes cartoons fazem todo o sentido na sociedade consumista, conformista e faciltista em que vivemos. Tudo o que se passa hoje em dia se torna num ciclo vicioso, especificamente com o egocentrismo: As pessoas ficam cada vez mais individualistas e egoístas e cada vez existe menos entreajuda. Ora, se nós damos e o que recebemos em troca nos faz arrepender de tudo o que demos, também nós nos vamos ter de tornar, um pouco "à força", mais individualistas. Isto é fruto dos nossos tempos e nota-se até no decréscimo da natalidade. Antigamente, e agora vou parecer um pouco os meus avós a falar, brincava-se na rua, convivia-se, não havia "amigos" virtuais, tinha-se dois pares de roupa e isso não causava inveja nem mal-dizer como a variedade e a competitividade causam hoje, assim como a falta de comunicação e de brincadeiras de rua, simples como brincar com piões ou jogar à macaca. Mas mais uma vez isto não é só culpa nossa. Somos influenciados por tudo, pela publicidade, pela pressão do desenvolvimento, pela facilidade com que as coisas estão disponíveis para nós. Precisamos de alguma informação, corremos à Net para procurar. Portanto, sim, podemos considerar os computadores como os nossos "cérebros". Deixaram de o ser as enciclopédias e afins uma vez que não são tão "interactivas", nem tão atractivas e é claro que isso também tem a sua importância. Quanto à cultura, parece que estamos a regredir outra vez, uma espécie de retorno à Idade Média, a idade negra, pois o que o mundo nos oferece maioritariamente nos meios em que estamos em contacto (TV, computadores, etc.) são telenovelas sem conteúdo nenhum, programas sem qualquer interesse cultural, jogos violentos entre outras coisas menos apropriadas. Já ninguém lê e poucos são os que vão ao cinema ver um bom filme. Preguiça, desinteresse, tudo contribui. Como é ilustrado no cartoon, o dinheiro passou a ser a prioridade das pessoas e para o ganhar, já nem se pensa nos tais ideais, honestidade e moral. Há demasiado facilitismo em tudo e poucas pessoas que saibam pensar por si, reflectir sobre os tempos. E não estou a dizer que é mau progredir, que é mau sermos desenvolvidos, já dizia Camões "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades (...) todo o mundo é composto de mudança" e Deus me livre que ainda tivéssemos a mentalidade que tinham os nossos avós, só é pena que valores como o respeito, o esforço, a sinceridade e arrisco até a dizer a própria amizade, se tenham perdido.»

(Ana, 10ºE)

domingo, 14 de março de 2010

A "Ética" do quotidiano!

Veja-se, no Dúvida Metódica, um excelente cartoon de Quino, sobre a forma como muitos seres humanos se percepcionam a si mesmos no mundo, talvez imersos no pântano do imediatismo, das aparências, da vida fácil e do egocentrismo imbecilizante.


Lendo...
Ética Para Um Jovem



Cap. 4: Afinal, o que quer dizer Savater com a expressão "faz o que quiseres"?